As ostras da Raposa são mais seguras?

Na Raposa, região metropolitana de São Luís, existe uma fazenda de ostras que é conhecida por, tradicionalmente, servir a ostra fresquinha direto do criadouro.

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O consumo de ostras in natura provoca receio por conta da poluição, falta de congelamento e de higiene, que podem prejudicar a qualidade do alimento e a saúde de quem o consome. Por isso, muitos restaurantes não servem esta iguaria. Mas, no município de Raposa, região metropolitana de São Luís, existe uma fazenda de ostras que é conhecida por, tradicionalmente, servir a ostra fresquinha direto do criadouro.
A equipe Você, Gastrô! foi em busca deste lugar, para viver uma verdadeira experiência gastronômica na Raposa. Desde o início do passeio, é uma aventura. Para chegar na fazenda de ostras, é necessário pegar um barco. O trajeto dura cerca de 40 min. No caminho, é possível ver Guarás e os famosos caranguejos vermelhos que promovem a coloração das aves típicas do mangue.

Embarcações saindo da Raposa – MA. Foto: Rick Ramos

Marciel Marques, guia e proprietário da empresa Alegria Turismo, foi o nosso guia durante o percurso. Marciel mora na Raposa desde os seis anos, e diz que só come ostras dali. O criadouro é um ambiente muito familiar para ele, porque desde a juventude, ia com os amigos para passar tardes e tomar banho de mar. Apesar de não saber afirmar precisamente, o guia conta que a fazenda já existe a, pelo menos, 20 anos.
As maiores preocupações envolvem segurança e conscientização contra a poluição. Quando se trata de segurança, é devido ao fato que não são todas as áreas  permitidas para tomar banho no mar. Inclusive, o local onde as ostras se desenvolvem chega a 15 metros de profundidade. Mas, durante o passeio tem vários locais próprios para banho, como a Croa de Sarnambi, onde há um banco de areia que torna água bastante convidativa e com profundidade adequada para crianças e adultos.
Ao falar de conscientização, Marciel conta que sempre orienta a todos que fazem o passeio que evitem descartáveis e que nunca despejem objetos no mar. Por vezes, os guias já voltaram o trajeto para recolher restos de comida e lixos. Realmente, quando visitamos, a água estava cristalina e não verificamos poluição no local.
Mariana Jorge, professora e pesquisadora do curso de Oceanografia da UFMA, estuda a contaminação de ostras por Metais e afirma que não há como provar se há contaminação por Metais em São Luís e região metropolitana, por falta de monitoramento. Ou seja, estudos que foram feitos a 5 anos atrás podem ser ou não refutados. Mariana afirma que os riscos do consumo envolvem vários fatores, porque as ostras são filtradores e podem absorver todos os tipos de contaminantes como orgânicos, inorgânicos, microparasitas, micro-organismos, fármacos.
A pesquisadora está desenvolvendo um estudo na região do Rio Paciência, que também engloba a região da Raposa. O Rio Paciência passa por São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. O resultado está previsto para outubro de 2018.
Até o fechamento desta reportagem, o Você,Gastrô não identificou pesquisas científicas realizadas na orla de Raposa.
Não há como afirmar propriamente se estas são as ostras mais seguras. Mas, o consumo imediato elimina o risco de contaminação por falta de refrigeração e má higiene na conservação. Para quem aprecia esta iguaria, vale a pena fazer o passeio e degustar as Ostras da Raposa.

Confira a vídeo-reportagem:


 
 

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