Paulista encontra em São Luís inspiração para blog vegano

A página Cozinhando Como Antigamente expõe receitas, dicas e um pouco das mudanças na vida de Mônica Hering, que aos poucos alterou sua rotina alimentar

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Mônica Hering, autora do blog Cozinhando Como Antigamente (Foto: Karlos Geromy/ O Imparcial)

Muito se ouve falar sobre alimentação saudável e mais que isso, consciente e sustentável, sem deixar de lado o sabor, a boa apresentação dos pratos e o toque especial de quem prepara. Assim como acontece em muitas outras cozinhas, na vegana é permitido criar. Um ingrediente pode se transformar em variadas receitas, com sabores por muitos inimagináveis e com simplicidade.
A prova disso são as agradáveis experiências, que a culinarista Mônica Hering, 53, está tendo com a rotina vegana, que segue há aproximadamente um ano. Antes, ela era somente vegetariana, por alguns períodos foi ovolactovegetariana, mas agora decidiu seguir esse estilo de vida, sem consumir alimentos de origem animal.  Segundo ela, a mudança deve ser  gradativa e tem efeitos benéficos e imediatos no corpo.
“Eu acho que é difícil a gente fazer isso de uma maneira abrupta, porque você não sente as mudanças que vai trazer para o seu organismo, sua vida. Acredito,  que quanto mais gradativo, mais você vai poder fazer a reflexão sobre essa mudança e é muito importante isso. Eu não me dava conta e tinha um pouco de preconceito em abandonar o consumo de leite e queijo que adorava,  justamente porque a gente acha que tirando essas coisas da dieta ela vai ficar pobre”, pontua.
Toda a transição, história e principalmente as receitas alimentam o blog Cozinhando Como Antigamente, criando por ela há dois anos e meio, poucos meses depois que saiu de São Paulo para morar em São Luís. A ideia veio acompanhada de várias e boas mudanças, que impactam na vida de pessoas veganas ou não, que seguem as dicas e o passo a passo das receitas publicadas.
“O blog enveredou pela linha da comida de verdade, eu comecei a questionar o tipo de processamento que a comida que a gente consome hoje sofre, a pesquisar sobre os processos da industrialização e foi ai até que eu caminhei até mais rapidamente para o veganismo. A gente começa a ficar um pouco assustada com a qualidade da comida que temos a disposição e começa a tirar tudo o que é super processado. Algo que eu insisto muito com as pessoas é que o que eu encontro aqui,  viabiliza um mundo de receitas e possibilidades e só mostra que não existe dificuldade”, acrescenta Hering.
Os ingredientes utilizados na preparação dos pratos estão na rotina de muita gente

Os ingredientes utilizados na preparação dos pratos são comuns a rotina da maioria das pessoas, só que com apresentações bem diferentes e muito mais saborosos. Algumas receitas surpreendem na degustação, por ter notas desconhecidas de muita gente. “ Hoje eu acho que a alimentação que eu tenho é muito mais rica,  do que eu tive ao longo da minha vida. Por criar mais variações e possibilidades, eu acho que hoje  enxergo temperos e as vezes até combinações com poucos ingredientes de uma maneira muito mais rica do que eu enxergava. O blog tem mostrado que não existe restrição, talvez um pouco de preconceito, as pessoas não se permitem testar, achando que vai ser difícil , que vai empobrecer a dieta e com o blog eu tenho procurado mostrar que é possível. Eu  mesma estou vivenciando isso, quando a gente a pensa que conseguiu uma infinidade de combinações, é possível encontrar mais” conclui.
(Foto: Karlos Geromy/ O Imparcial)

Leite vegetal de castanha do Pará 
Ingredientes:
1 xícara de castanhas do Pará
2 xícara de água morna
1 xícara de água em temperatura ambiente
Modo de preparo:
É importante deixar a castanha de molho, no mínimo por 8 horas, ou de um dia para o outro. Joga a água do molho fora e coloca água filtrada. Leve para bater no liquidificador com água filtrada aquecida e depois a água em temperatura ambiente.  Após bater bem no liquidificador, escorra no tecido voal com o apoio de uma peneira e esprema bem. Coloque o leite em um vidro bem lavado e esterilizado e guarde na geladeira por até cinco dias.
Quem quiser mais liquido pode adicionar mais água. Para a textura mais grossa, se usa menos água.  O resíduo pode ser guardado e utilizado em preparação de bolos, crosta para sobremesa e tortas.
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