Personal chef tem chamado atenção por fazer menu personalizado

Sem cobrar taxas de reserva ou estacionamento, os chefs que atendem em casa preparam cardápio com a cara e o gosto do cliente

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Chef Juan Imagiire é especializado em comida japonesa

Cozinhar bem, infelizmente, não é um talento para qualquer pessoa. Sair de casa para comer em um restaurante nem sempre é uma opção ou a vontade de quem está com fome, ou disposto a oferecer um jantar especial para convidados, certo? É para isso que existem os personal chefs, profissionais de gastronomia que atendem em domicílio, preparando receitas requintadas de acordo com o gosto dos clientes.
Sem cobrar taxas de reserva ou estacionamento, por exemplo, esses profissionais têm chamado atenção de muita gente, inclusive em São Luís, que preferem a comodidade de comer bem em casa do que sair para enfrentar as filas dos restaurantes tradicionais.
Há 14 anos trabalhando com gastronomia, o chef Juan Imagiire é especializado em comida japonesa e começou a atender em domicílio quando ainda estudava. “Fiz Faculdade de Cozinha em Buenos Aires, depois que descobri que poderia trabalhar fazendo eventos e dando aulas de cozinha, sobretudo na área de Cozinha Japonesa. Comecei a trabalhar como personal chef, cozinhando em domicílio. No começo, foi difícil, pois ninguém quer abrir as portas da sua casa para pessoas desconhecidas”, explica. No caso de Imagiire, a aceitação no mercado começou quando ele foi divulgando na TV e redes sociais.
Além do ambiente mais tranquilo, o preço também é um diferencial dos personal chefs. Segundo os profissionais, e eles garantem que isso não é marketing, os custos de contratação podem ser bem menores do que comer em um restaurante profissional. De acordo com os cálculos de Juan, o serviço dele é cerca de 30% mais barato que o de um restaurante tradicional, por exemplo.
Ana Clara Sousa, especializada em cozinha contemporânea, confeitaria e comida regional

“Hoje, em São Luís, tem bastante chefs de cozinha, mas conheço poucos que trabalham como personal chef. Agora que a cidade está aderindo a esse tipo de serviço”, explica Ana Clara Sousa, especializada em cozinha contemporânea, confeitaria e comida regional. Ela aposta nas redes sociais como principal forma de divulgação do trabalho de personal chef, que é atualmente sua maior fonte de renda. “A minha maior propaganda é o boca a boca e as redes sociais, onde os convidados dos meus clientes vão conhecendo meu trabalho”.
Liberdade de criação
Apesar dessa não ser a principal renda do alagoano Marcos Souza, que mora em São Luís há oito anos, o chef afirma que o principal motivo de trabalhar dessa forma foi não precisar mais ficar preso às opções do cardápio oferecidas em um restaurante comum. “O meu interesse veio da limitação de criação em determinados restaurantes, pois os profissionais da minha área ficam, geralmente, limitados a cardápios ditados pelos proprietários e pela cultura dos restaurantes. Como personal chef, tenho um horizonte de paladares para criar cardápios temáticos, para encantar o anfitrião e os seus convidados”, explica Marcos.
Chef alagoano Marcos Souza

A profissão, portanto, é clara: permite que o profissional trabalhe em um ambiente tranquilo, tenha liberdade e criatividade para preparar os pratos, além da oportunidade de aprender a cada trabalho realizado. Nessa história toda, o mais importante é ver o cliente satisfeito com a personalização do serviço e o profissional realizado pelo reconhecimento de quem está disposto a se arriscar a ter uma refeição de primeira categoria feita na cozinha da própria casa.
Cardápio particular

  • O menu é combinado com o chef dias antes da visita;
  • A cozinha é do cliente, que pode acessá-la para conversar com o profissional;
  • O pagamento é realizado antes da refeição;
  • Diferentemente do que acontece em restaurantes, não há taxa de serviço;
  • É necessário se programar com antecedência de alguns dias e fazer a reserva;
  • Nunca será preciso esperar por uma mesa livre.
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