Cecilia Aldaz, premiada sommelier, estreia programa sobre vinhos

‘Um brinde ao vinho’ começa no dia 10 de maio no Mais Globosat, às 22h30m

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A sommelier Cecilia Aldaz – Alex Carvalho

Sommelier premiada à frente do Oro, a argentina Cecilia Aldaz acredita que, para gostar de vinho, o importante é estar aberto a coisas novas. Talvez por isso, mesmo diante do sucesso no restaurante carioca (que é comandado pelo marido dela, o chef Felipe Bronze), Cecilia tenha decidido conciliar o emprego com uma nova função: apresentadora do programa “Um brinde ao vinho”, que estreia dia 10 de maio no Mais Globosat, às 22h30m. Com filmagens no Chile, na Argentina e no sul do Brasil, o programa mostra o universo do vinho de forma descomplicada.
— Queremos acabar com a figura do enochato. Não tem aquela coisa de “esse vinho tem aroma cítrico”, e sim histórias de pessoas, de emoções — resume Cecilia — Queremos mostrar que há um vinho para cada momento: o espumante é que nem esmalte vermelho: levanta o clima, mesmo se você não está bem. Há vinhos mais contemplativos, outros para comer pizza… — prega a sommelier, que se encantou com as histórias dos pequenos produtores que conheceu durante as gravações.
— Estivemos em uma vinícola, por exemplo, que aposta em uvas de alta qualidade, plantadas há 50 anos. Quando eles descobriram que elas estavam com fungos, tiveram que replantar tudo. Era algo muito duro, porque aquelas videiras tinham acompanhado a vida de muita gente e quem estava plantando agora não vai viver para ver o ápice das novas uvas. O mundo do vinho é assim, cheio de apostas que, às vezes, você não vai chegar a beber — conta Cecilia.
Outra felicidade de Cecilia foi acompanhar de perto a renovação do vinho no sul do país, que tem se destacado na produção de espumantes.
— As pessoas estão tentando descobrir qual é a vocação do solo. O que eu destaco é que o brasileiro precisa produzir vinho brasileiro. Não tem que fazer vinho argentino ou chileno. Tem que elabora uma coisa que ninguém está fazendo; cabernet sauvignon pode ser feito em qualquer parte do mundo.
Além das histórias de vida e das peculiaridades de cada território, outra missão do “Um brinde ao vinho” será apontar dicas práticas para quem ainda é iniciante no assunto:
— Uma coisa que as pessoas fazem e que não é legal é pegar uma taça de espumante e girar, como se faz com os outros tipos de vinhos. Normalmente, isso é necessário para fazer com que os aromas venham para o nariz. Com o espumante, é pecado mortal, porque tira as borbulhas — aconselha.
Sem Vaidade
Na hora de contar qual é o diferencial do programa, que se soma a uma avalanche de atrações na televisão focadas em gastronomia, Cecilia não titubeia:
— O programa é diferente, em primeiro lugar, porque é apresentado por uma mulher. Só com isso, já damos uma visão nova do mundo do vinho — defende ela, que conversou com enólogas e outras mulheres que fazem parte de um universo em que, antes, os homens eram maioria: uma realidade que ela conheceu bem quando chegou ao Rio, oito anos atrás:
— Antes, trabalhava em uma vinícola, onde era estranho ver uma pessoa de salto e maquiagem, isso não pegava bem. Quando fui para os restaurantes, a postura exigida era o oposto. Eu era bem mais fechada, mas mudei. O que me incomodava um pouco é que aí as pessoas falavam: “simpática a sommelier”, mas não falavam se a harmonização estava boa ou não — observa Cecilia, que logo ganhou o rótulo de “musa do vinho”. Algo que ela encara numa boa:
— Por mim, tudo o que aproxima as pessoas do vinho vale, porque o meu amor por ele é tão grande. Então, se quiserem me chamar hoje de musa e amanhã de vovó, tudo bem. O que eu quero é que as pessoas bebam bem.

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